terça-feira, 9 de junho de 2009

sai! rua deserta, caminho escuro, a pedra no chão e eu sangro. Limpo o sangue com a areia que piso e raspo. A carne sente, a areia entra. Sigo o cheiro e ainda corta. Ferida aberta, dia cinza. Canivete na mão e o corte aumenta. Rasgo a ferida, ela abre e desata. Engulo o trago que queima e estanca. Medo, dia cinza. O canivete risca o carro, arranha e a voz não sai. Corpo trancado, cano na boca. O gatilho que espera. Trago o gargalo pra boca e o gole anestesia. O gatilho. Dia cinza.

Nenhum comentário:

Postar um comentário